segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Da série externando parte 56 – tomada 10

Intimidade é uma merda!

Estive pensando e acho que com relação aos nossos relacionamentos temos sempre duas opções.
Primeira, não falar o que sentimos e pensamos e assim nos manter “na boa” e superficiais.
 Segunda, expor nossos sentimentos e pensamentos e correr o risco da outra pessoa não dar a mínima atenção. Ou ainda, correr o risco dela considerar e com isso aumentar a nossa intimidade.
O que sinceramente em minha singela opinião não sei o que é pior. Por que a Intimidade também é uma merda!
Sim, certamente nós nos encontramos em uma sinuca de bico. Por que se correr o bixo pega e se ficar, já sabe né...
Digo que a intimidade é uma merda, por experiência própria. Embora ela seja desejável, atraente e tentadora, ela traz consigo muitos “poréns”.  A intimidade diminui a distancia entre as pessoas, ao mesmo tempo em que nos possibilita vê-las e  conhecê-las não apenas como elas se mostram mas, pior, ou melhor, como elas realmente são.
E, ai é que tá. “A humanidade é má e até Jesus chorou” disse uma vez um grande poeta do Capão.  Ver como as pessoas realmente são  implicam em muitas coisas, como por exemplo, pensar. Enquanto não temos a tal da intimidade, está “tudo bem!”, “tudo certo!”
Você não precisa pensar muito, é só ir levando, mas a intimidade te obriga não apenas a refletir, como  também rebolar em seu interior pra se adequar a outra pessoa. Fora que a intimidade nos dá uma falsa sensação de segurança né?! Um sentimento de que está tudo ok!  Como se a intimidade nos assegurasse que a outra pessoa é nossa, está com a gente e vai ser sempre assim...
Muitas vezes o que mais nos incomoda em  outras pessoas são as falhas de caráter que também  estão em nós, só que na maioria das vezes maquiadas ou mascaradas de uma outra forma.
 E muitas vezes não. Mas ter intimidade com alguém é como um exercício de autoconhecimento. Totalmente!
Numa boa, cheguei a conclusão de que intimidade é como regra de 3. Assim, intimidade com uma pessoa é pouco, com duas é bom e com três é demais. Não sei, mas tem um ditado popular que diz: ”Pra certo tipo de gente, vale mais a pena dar dinheiro que dar intimidade“ Tenho quase certeza que é verdade.
Enfim, eu não sou prima da verdade e muito menos dona. Acredito que a verdade é uma só. E por isso cada um têm a sua...

Esse texto faz parte da minha série externando.

Afinal, se eu não externar fico entalada.

No mais,Vai dar tudo certo!                             

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Da série externando parte 55- tomada 6.

É ou não é ou será ?

Um universo de descobertas e sensações. Com outro tanto de emoções pulsando no peito quente, desejos antigos querendo retomar a mente e ganhar espaço de novo.  Os pensamentos antes acalentados e acalmados por outras tantas emoções decorrentes. Se encontram agora rodeados por um medo tão adolescente, uma vontade de chorar de repente...
Um sonho meio inconseqüente, louco pra despertar. Será mais difícil aceitar as nossas vontades para nós  mesmos ou para os outros? A angústia da incerteza já brecou milhões de corações acelerados. Serei eu mais um dentre os milhões paralisados em meio às confusões e distrações da vida? Sentimentos de quem tem a mente aberta, ou será que fechada? Acorrentada pelo medo de novas descobertas...
Serei eu mais uma demente, louca a perseguir um sonho de criança? Ou mais um racional inconseqüente que prefere o ignorar tão somente.
Mas a grande questão que nos sobrevêm é, o que buscar?
Ou como saber que o desejo que se sonha tem potencial para vingar, para durar, para acontecer? Não sei quanto a você, mas eu gostaria de saber...
A grande dúvida é arriscar ou não arriscar. “Eis a questão” diria o grande poeta apaixonado.
Será mais atormentador prosseguir sem tentar, ou se arriscar e talvez se frustrar?
Será mais atormentador olhar para dentro de si e se auto encarar, e se aceitar assim como é?
Ou prosseguir, sentar em uma padaria qualquer pedir um café. Fingir que não está nem ai...
Afinal quem já “superou” uma vez pode superar tantas outras mais né... Aliás...
Podemos fazer como quando nos indignamos com as propagandas políticas na TV, levantamos (muito indignados), buscamos um chá na cozinha e quando voltamos simplesmente mudamos o canal da TV e a vida volta ao normal. Será possível sobreviver assim, sem nossa memória nos remoer. Ou sem se corroer de dor ao ver sendo feito aquilo que você lá no fundo do âmago escondido sabe ou deseja tanto fazer?
Ser ou não ser?” Quisera eu prolongar mais, e me estender, e ficar aqui filosofando nisso até o amanhecer... Mas acredito também que o simples ato de externar, já encaminha pro saber. No raso, é aquilo mesmo. A resposta está dentro de mim, dentro de você. Não é algo que alguém vai poder chegar e como em um passe de mágica te dizer ou nos dizer. Que pena, ou que bom!?
Não sei, sigo sem saber...
No mais prossigo sempre com mais motivos para agradecer, do que para reclamar.


“Vai dar tudo certo”